sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Conteúdo do trabalho apresentado no dia - 05/11/10

Introdução ao estudo sociológico
        Sociologia é a ciência que estuda o homem em grupo, ou mesmo que estuda a sociedade em geral com suas interações e organizações.  A sociologia abrange, portanto, o estudo dos grupos da divisão da sociedade em camadas, da mobilidade social, dos processos de cooperação, competição e conflito na sociedade etc. Nela estudamos todos os símbolos culturais que os seres humanos usam para se interagir e organizar a sociedade. O objetivo da sociologia é tornar nossas compreensões ou análises cotidianas mais precisas e com maior utilidade, à medida que nossas conclusões vão além de nossas experiências pessoais.
        A sociologia surgiu no início do século XIX, quase como uma resposta para a globalização, pois, com a maior integração e a crescente consciência das pessoas sobre o mundo, nasceu nos sociólogos à vontade de entender o que mantinha os grupos sociais unidos, como também tentar achar uma maneira de extinguir a desintegração social.
         A Revolução Industrial que ocorreu na Europa mudou radicalmente a vida de grande parte da sociedade, quando máquinas passaram a substituir o trabalho de diversas pessoas, já que produziam mais rápido e com menos custos. Esse ocorrido desencadeou o aumento nos problemas sociais. A sociedade se dividiu em Burgueses, os que detinham as fábricas e controlavam a economia, e os Proletariados, que tinham a força de trabalho. O capitalismo se fortaleceu, quem produzisse mais, estava acima dos outros. Desse modo, mais do que nunca era necessário um estudo de tais problemas sociais.
        O termo sociologia foi criado por Auguste Comte, na metade do século XIX, preocupado em desenvolver uma ciência que considerava fundamental e básica para o entendimento da humanidade e do mundo. Todas as demais ciências passariam a constituir partes da ciência máxima e fundamental, que seria a sociologia. Ou seja, ele pretendia juntar todos os estudos sobre a humanidade, incluindo história, economia e psicologia para compor uma ciência essencial.

 Auguste Comte também foi o idealizador da corrente filosófica chamada Positivismo, onde que sugeria a idéia de uma ciência sem teologia ou metafísica, baseada apenas no mundo físico/material. A Filosofia Positiva de Auguste Comte nega que a explicação dos fenômenos naturais, assim como sociais, venha de um só princípio. A visão positiva dos fatos abandona a consideração das causas dos fenômenos e torna-se pesquisa de suas leis, vistas como relações constantes entre fenômenos observáveis. O método positivo caracteriza-se pela observação. Entretanto, deve-se perceber que cada ciência, ou melhor, cada tipo de fenômeno tem suas características, de modo que o método específico de observação para cada fenômeno será diferente. Além disso, a observação ajusta-se com a imaginação: ambas fazem parte da compreensão da realidade e são igualmente importantes, mas a relação entre ambas muda quando se passa da teologia para a positividade. Assim, para Comte, não é possível fazer ciência (ou arte, ou ações práticas, ou até mesmo amar!) sem a imaginação, isto é, sem uma ativa participação da subjetividade individual e por assim dizer coletiva: o importante é que essa subjetividade seja a todo instante confrontada com a realidade, isto é, com a objetividade.
        Durkheim formulou as primeiras orientações para a Sociologia e demonstrou que os fatos sociais têm características próprias, que os distinguem dos que são estudados pelas outras ciências. Para ele, a Sociologia è o estudo dos fatos sociais.
        Karl Marx percebeu que cada época era construída em torno de produção econômica, organização de trabalho e controle de propriedade, revelando, assim, uma dinâmica própria. Para Marx, a organização de uma sociedade em um determinado e especifico tempo, é dada pelas relações de produção englobando a organização no trabalho. O funcionamento da sociedade humana deve ser entendido por sua base econômica (Marx e Engels, 1946).
        Max Weber enfatizava que a desigualdade não é exclusivamente baseada na economia de uma sociedade, mas dizia que era multidimensional.    
        A sociologia hoje é uma área muito ampla que investiga a estrutura social, o comportamento e interação da sociedade e as mudanças que nela ocorre.

Principais Correntes Teóricas
 Teoria funcional
Vê o Universo como um sistema de partes interligadas.
O Universo social ou qualquer parte dele é um todo, um sistema em que os elementos constitutivos funcionam em conjunto.
As partes são analisadas em termos de suas conseqüências, ou funções para o sistema maior.

Teoria do conflito
O conflito é a dinâmica central das relações humanas.
Tem o mundo social segundo suas contradições.
As contradições se manifestam em formas distintas de conflitos.  
A desigualdade é a força que move o conflito.

 Teoria interacionista  
A vida social esta medida por símbolos e gestos.
Usamos esses recursos para nos entendermos com os outros, para criarmos imagens de nós mesmos e das situações.
Através de gestos simbólicos demonstramos nosso estado de espírito, intenções e sentido de ação.
Os homens interagem emitindo símbolos – palavras, expressões faciais, corporais ou qualquer sinal que signifique algo para os outros e para si mesmo.  

 Teoria utilitarista  
A característica comum das teorias utilitaristas é a de situar o soberano bem do homem no prazer ou no gozo — e fazer, por conseguinte, do prazer, o critério do bem e do mal.
Calculam os custos das varias alternativas para atingir os objetivos e escolhe as alternativas que maximize seus benefícios.
A interação, a sociedade e a cultura são criadas e sustentadas porque elas oferecem bons resultados para indivíduos racionais.
Obs. Esses resultados raramente são monetários, em geral, eles são “posses”, como exemplo: Sentimentos pessoais, afeição, orgulho, poder etc.

SOCIOLOGIA NAS ORGANIZAÇÕES
A organização na sociedade contemporânea é tão importante que não conseguimos imaginar o futuro sem ela. Há muitos conceitos de organização, porém a pontos em comum entre todos eles: são formadas por pessoas que se relacionam, as organizações tentam se manter por muito tempo, tem identidade própria, tem uma comunicação interna e tem uma hierarquia (divisão de cargos e tarefas).
O foco principal da sociologia nas organizações são as pessoas, como elas se relacionam no ambiente de trabalho, tenta explicar sua complexidade e como as empresas estabelecem e provocam mudanças em todo um meio.
As empresas estão valorizando cada vez mais o funcionário criativo, flexível e que rapidamente se adapta as mudanças. Na área da Administração exigi-se de um futuro administrador uma capacidade de organizar, planejar e coordenar todos os recursos disponíveis de uma forma correta.
No início da década de 50 nos EUA, foi fundada uma organização conhecida como “Foundation for Research on Human Behavior” no qual seu objetivo principal era promover e pesquisar as ciências comportamentais. Hoje essa abordagem é de muita importância.
A sociologia aplicada às organizações isola, defini e descreve o comportamento das pessoas (grupos). As maneiras como esses grupos se interagem, a influência do grupo sobre os membros e a complexidade das organizações. Também estuda sobre liderança, poder, autoridade e estrutura organizacional.

Relacionamento entre indivíduos e as organizações
Algumas organizações mostram que estão preocupados com as metas organizacionais e com a contribuição dos indivíduos para obter seu objetivo ao invés de se preocuparem também com as realizações dos colaboradores.
Afinal, se os indivíduos trabalhassem motivados e realizados dariam um retorno positivo para empresa em curto prazo. O que falta hoje é valorização dos colaboradores, e a organização que age dessa forma muitas vezes não tem o sucesso esperada.
Motivação nas empresas
O dia a dia das empresas normalmente é muito complicado, ou seja, são marcadas por compromissos, discussões, resultados, pressão, negociação com clientes e fornecedores, tempo reduzido para tomar decisões, enfim, é uma grande correria. Acredita-se que a qualidade de vida que se leva no trabalho se revela na vida pessoal, ou seja, uma vida sem motivação é desagradável, cheio de danos pessoais, etc.
Atualmente, as empresas têm se preocupado muito com o nível de motivação de seus empregados e investido muito com isso, não simplesmente por desejar sua felicidade, mas sim pelo que representa em resultados financeiros para a empresa. Normalmente as empresas costumam fazer pesquisas de clima organizacional, cursos motivacionais, dinâmicas de grupo, palestras, planos de saúde, plano dental, tíquetes de alimentação, de refeição, de combustível, enfim, projetos cujo objetivo é a realização pessoal e profissional do funcionário, para desta forma extrair a essência de cada colaborador. Pois
quem está motivado pode ser capaz de transformar o impossível em possível, tornando assim uma empresa de grande influência no mercado, ou mesmo, imbatível.
Apenas não se esqueça de um detalhe muito importante: a motivação começa com o proprietário do negócio. Sua função estratégica é propagá-la aos demais. Pensando nisso elaboramos algumas ações praticas a serem tomadas pelo proprietário.
• Deve mostrar que faz parte do quadro dos colaboradores, executar tarefas que são atribuições de outras pessoas, ou seja, “colocar a mão na massa”.
• Crie algum sistema de comunicação para ouvir todos os envolvidos nas tarefas do dia-a-dia da empresa, promovendo diálogo entre eles.
• Reconheça que seus colaboradores têm uma vida pessoal fora da empresa, cujos acontecimentos podem interferir em sua rotina profissional.
• Quando detectar um trabalho bem-feito, elogie o responsável por ele.
• Crie eventos que aproximem os familiares dos funcionários com a empresa, levando-os a conhecer, pessoalmente, suas tarefas e ambiente de trabalho.
• Na medida do possível, procure conhecer e cumprimentar pelo nome todas as pessoas que trabalham ou prestam serviços na sua empresa, criando laços de amizade.
• Circule pela empresa, converse com as pessoas, pergunte como estão se saindo em suas atividades, mostre-se presente e não queira administrar as coisas sentadas do escritório.
• Experimente fazer rodízio dos colaboradores em suas funções diárias, para ajudá-los a fugir da rotina.
• Crie programas de incentivo interno, recompensando com prêmios os colaboradores que atingirem os objetivos (os programas devem ser curto prazo).
• Em determinadas situações, estabeleça prêmios diários, logo ao final do expediente, recompensando aqueles que mais se destacaram.
• Faça os elogios em público e deixe as chamadas de atenção para serem feitas reservadamente com o funcionário.
Estrutura de funcionamento das organizações
Toda organização tem uma estrutura de funcionamento, onde os cargos são subdivididos hierarquicamente de acordo com a função ocupada na organização. O poder é fundamental nesse sistema, pois, quanto mais elevado for o cargo, maior será o poder do individuo sobre a organização.
As divisões de tarefas nas organizações ocorrem em três níveis hierárquicos:
1º Estratégico: elabora as decisões e a estratégia da empresa.
(.....................................)
2º Tático: cuida das articulações interna gerencial.
(...........................................)
3º Operacional: executa e opera as tarefas cotidianas da organização.
(....................................)



É considerável que haja uma dualidade da estrutura de poder das organizações, onde na mesma organização possa existir a formal e a informal.
Formal: São as organizações que seguem o verdadeiro organograma da organização, onde seus funcionários só exercem as funções estabelecidas pelo cargo e nada mais além.
Informal: São as organizações que a fachada mostra uma coisa, mas não mostra o que realmente acontece, são as que os processos reais caracterizam seu funcionamento, ou seja, as pessoas não fazem apenas o que é estabelecido pelo seu cargo, faz bem mais. Esse sistema tem sido mais utilizado nas organizações, podendo anular prescrições formais, corrigi-las e até completá-las.
No ponto de vista administrativo o poder é visto como uma função gerencial inseparável, pois trata de induzir as pessoas a agirem de acordo com as determinadas expectativas. As organizações limitam o que as pessoas podem ou não fazer, e estabelecem quais ações serão aceitáveis no seu interior. Isso mostra que mesmo de forma sutil o poder influencia no comportamento da pessoa.
                Conceito de poder
É a capacidade que possuem os indivíduos e grupos sociais, entre os quais as organizações, de modificarem o comportamento de outros grupos ou pessoas. A sociologia define poder como a habilidade de impor a sua vontade sobre os outros, mesmo se estes resistirem de alguma maneira.
O poder é uma qualidade que o individuo ou grupo social possui, é um meio que as pessoas têm de fazer com que as coisas sejam realizadas por outros indivíduos ou grupos. O poder ocorre em todas as relações sociais, e está presente em todas as sociedades e grupos sociais. É considerado um fenômeno social, e não individual.
Conceito de poder dado por:
Max weber: “Significa toda probabilidade de impor a própria vontade numa relação social, mesmo contra resistências, seja qual for o fundamento da probabilidade”. 
Robert Dahl: “O poder de uma pessoa A sobre uma pessoa B é a capacidade de A obter que B faça algo que não teria feito sem a intervenção de A”.
            Para esses e outros autores, o poder é uma relação de força da qual um pode obter mais vantagem que o outro, mas na qual, por outro lado, esse depende do outro que se submete.
Componentes do poder
 A Força:
            A força é uma ameaça de coerção física, que pode ser expressa através de armas de todo tipo: revólver, lanças, facas, bombas, entre outros atributos da força.
            Os Estados reservam todo o monopólio desses atributos da força para a polícia ou para as forças armadas (exército, marinha e aeronáutica). Este monopólio se dá para manter a integridade e impor sua vontade sobre o território. Mas o “monopólio” desses componentes não tem acontecido como o planejado por conta do crime organizado que está presente em todo o mundo assustadoramente, e chegou a tomar diversos pontos territoriais do poder coercitivo do Estado.
            Nos primeiros agrupamentos humanos, a força provavelmente era o único componente do poder. Com a chegada do capitalismo surgiram outros componentes que se tornaram bem mais utilizados que a força como a autoridade, a liderança, etc. A força apesar de não ser tão utilizada como na época de pequenos agrupamentos continua sendo um dos mais importantes componentes do poder.
A Autoridade:
             As organizações modificam o comportamento de grupos ou pessoas, o poder é a capacidade para afetar esses comportamentos. O poder é uma relação de força, onde uma pessoa na organização pode obter mais vantagem sobre outra, A sobre B, porém não deixa de depender da pessoa B que se submete. Em todas as relações sociais ocorre o poder.
Autoridade é compreendida como um direito para tomar decisões e ordenar ações de outrem. Há três tipos de autoridade: a burocrática, a tradicional e carismática.
• Burocrática: uma autoridade baseada no cargo que o indivíduo ocupa; enquanto está no cargo, ao sair do cargo perde sua autoridade. E também através de um processo legal (lei).
Ex: delegado, juiz.    
• Tradicional: baseada na crença, normas e tradição as pessoas obedecem em virtude da tradição.
Ex: padre, rei.
• Carismática: baseada nas qualidades pessoais do indivíduo (Líder).
Ex: Cristo, Ghandi entre outros.
A Influência:
            É a habilidade para afetar as decisões e ações de outros, mesmo não possuindo autoridade ou força para assim proceder. É influente um individuo que consegue modificar o comportamento das pessoas de acordo com a sua vontade sem utilizar-se de nenhum cargo publico ou privado, e sem utilizar nenhuma forma de coerção física.
Tipos de Poder
É muito fácil confundir ou não conseguir perceber quem realmente comanda dentro do ambiente de trabalho por conta de vários tipos de poder. Nem sempre o chefe detém o poder, muitas vezes funcionários têm poderes inestimáveis por conta da influência que tem sobre a empresa.
Abaixo destacamos alguns tipos de poderes mais comuns utilizados nas organizações.
• Formal: Está é a forma de poder mais vista nas empresas, o cargo de chefia. A pessoa que exerce esse cargo usa a sua autoridade para fazer acontecer às ações nas organizações.
Liderança: O líder consegue com que seus liderados executem as tarefas e gerem resultados para a empresa sem que seja necessário a utilização de métodos de coação, punição, perdas, etc. Este tipo de poder é o que mais ganha força nos dias de hoje.
Informal: É um tipo de poder baseado em relações familiares, historias passadas. Essas pessoas tem facilidades e acessos na organização independente do caráter.
Ex: O gerente é meu sogro!
       Estudei com o presidente da empresa!
• Propriedade: “O dono é o dono e ponto final”. Esse tipo de poder é incontestável, e quando não nos faz bem, o melhor a fazer é pegar as malas e ir embora.
• Tradição: É um tipo de poder quase invisível, que a grande maioria das pessoas não consegue entender o porquê, mas que muitos cargos acabam herdando e acumulando com o passar do tempo algumas características desse tipo de poder.
Ex: “Não sei, só sei que é assim”
       “Quem organiza os eventos de confraternização é sempre o relações publicas”.
Conhecimento: São indivíduos que se especializaram em alguma área e obtem o conhecimento de técnicas, processos que fazem parte das necessidades da empresa. O não atendimento dessa pessoa pode acarretar problemas na empresa, por isso é visto como poder.
Competência: Este dispensa maiores explicações, o competente, acaba por si só, criando uma aura de poder sobre si, podendo reverter em avaliações positivas ou muitas vezes pode causar mal estar entre os demais colegas medianos, de qualquer forma, qualquer que seja o tipo de sentimento que ele desperte, ele tem um tipo de poder em suas mãos.
Recompensa: É o que usa a recompensa como uma forma de mudança de comportamento daqueles que se submetem.
Ex: Um aumento de salário para incentivo da produção.
Coercitivo: É um poder cuja base é a punição daqueles que se submetem a não realizar o procedimento de forma adequada.
Ex: A capacidade de despedir alguém que esteja abaixo do determinado nível de produção.

2 comentários:

  1. Colega achei legal esta obviedade e é também obvio que a criatividade deste texto é obviamente extraordinária,é interessante e é obvio obviamente.Parece até jogo de trava língua kkkkk

    Ass: Aline Rodrigues meu blogger diariovirtualaline.blogspot.com

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  2. Pois é, texto magnífico de Darcy Ribeiro. Não conheço muito suas obras, mas depois de ler tal texto, não quero mais ousar em desconhecê-las.

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